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PAINEL DE ESTUDO DOS ALUN@S DO CURSO ONLINE DE HISTÓRIA DA ARTE - TURMA 02.2009-NOTURNO
tema - A BORBOLETA

LINHA DO TEMPO

“ARTE s.f.
Atividade que supõe a criação de sensações
ou de estados de espírito de caráter estético
carregados de vivência pessoal e profunda (...)
A capacidade criadora do artista
de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos.”
Novo dicionário da língua portuguesa.
de
Aurélio Buarque de Holanda

 
PRA PENSAR:

A arte imita a vida ou a vida imita a arte?
ou                                                                         
A arte que imita a vida que imita a arte que...
é a própria vida.

Oscar Wilde dizia que a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida.
Mas seria isto verdade?

Tão antigas como a arte, as nossas experiências em querer entender a origem do processo criativo já nos levou a exaustivas pesquisas, na maioria das vezes sem uma resposta definitiva. De onde vem a inspiração?

Em seus estudos no livro “Do espiritual na Arte”, o pintor e músico russo Wassily Kandinsky indica que a arte nasce da espiritualidade. Foi assim que o artista renunciou a representação figurativa tentando encontrar a relação absoluta entre a forma, a cor e o ânimo do contemplador.

O que acontece conosco quando entramos no jogo dos intricados significados da arte? O que é verdade e o que é ficção?

Uma das principais barreiras na solução desta pergunta reside no fato de não estarmos mais familiarizados com o saber do espírito. Noticiários, relatórios, levantamentos, pilhas de textos técnicos preenchem o nosso tempo e, tudo o que passa da linha mecanicista passamos a entender apenas como ficção.

Perdemos efetivamente a capacidade de medir com a intuição a verdade do que nos é apresentado. Ainda assim, muitas histórias permaneceram na memória da humanidade, sempre representadas em uma ou outra obra de arte, seja em que campo for.

  • Quer dizer que devemos ler histórias para entender a vida?

Joseph Campbell, professor e escritor norte americano de origem irlandesa, que ficou conhecido por seu trabalho no campo da mitologia comparada diz que

      - “Sim. Aquilo que os seres humanos têm em comum se revela nos mitos.”

Campbell, que nos incita a ler os mitos, inclusive os de outras culturas, pelo poder da sua universalidade, cita em seu livro “O poder do mito” a interessante leitura sobre o  “Santo Graal”.

Também Richard Wagner, compositor e intelectual, ativista político e revolucionário, cujas óperas tiveram grande influência na música ocidental, dedicou-se à obra “Parcival” como seu último trabalho, onde o Graal representa uma força que sustenta os piedosos, proporcionando-lhes bebida e alimento.

Campbel vai mais longe quando afirma que “A vida espiritual é o buquê, o perfume, o florescimento e a plenitude da vida humana, e não uma virtude sobrenatural imposta a ela.”

O tema fundamental nos mitos é e sempre será a busca espiritual.
Estudando-os nos aproximamos da resposta para a nossa pergunta inicial e muito provavelmente em nossa própria intuição encontraremos uma saída para o enigma da inspiração.

Maria de Fátima Seehagen

 
PRA PENSAR MAIS:

- Se cada povo e cada época têm um conceito e uma atitude específica perante a arte, ao ponto de produzirem formas, gestos e sons muitas vezes díspares, qual será o denominador comum que nos permite meter no mesmo "BALAIO DE GATO" as pirâmides egípcias, a estatuária grega, as máscaras africanas, as sedas chinesas, as catedrais medievais, as tapeçarias renascentistas, o teatro de Sheakspeare, a música de Bach, os filmes de Manoel de Oliveira ou um CD dos Queen?

Algumas Respostas:

- Eu acho que o denomindador comum seria a CRIAÇÃO em forma de ARTE, ela é inerente ao ser humano desde os primordios dos tempos. Com esse pensamento conseguimos entender que a necessidade de expressão é humana. Podemos colocar todos os movimentos artisticos num balaio de gato, porque são o reflexo daquilo que fomos, do que somos e do que seremos. (Cristina Lombardi)

 
PARA PENSAR MAIS AINDA:

- O século XV, o Quattrocento da História das Artes, foi um importante estágio na expressão plástica sob o ponto de vista da imitação. Valendo-se do aperfeiçoamento e utilização da pintura a óleo, da aplicação de técnicas de perspectiva, das regras de redução das dimensões, do sistema das linhas de fuga, da escolha do ponto de fuga único, da redução para o ponto de vista monocular e sob a influência do espírito científico e filosófico racional da época, os artistas desenvolveram um sistema pictórico capaz de satisfazer as necessidades figurativas da época. Este sistema buscava o racional figurativo, o realismo  e a fidelidade da representação.

A pintura dos impressionistas também é, até certo ponto, figurativa - não muda os fundamentos da representação e da morfologia da arte, mas renova o sistema de codificação. Seu esquema de composição é análogo ao clássico, mas elabora nova linguagem plástica para reproduzir o real. É que o real deixa de ser registro mecânico de uma visão bruta e documental. Há outras dimensões da realidade, que atingem estruturas mais íntimas, segredos da vida, sensações ligadas à emoção, ao sentimento, à experiência vivida. Aquí a cor e a luz são fundamentais. A cor tem significação espacial absoluta e novo espaço plástico vai se processando. Desaparece a linha e a forma é dada pela cor e pelos efeitos da luminosidade atmosférica.

COMO VOCÊ TRADUZ ESTES CONCEITOS?

ENVIE A SUA RESPOSTA!

 

PARA CONHECER E QUESTIONAR:
- Dos MANIFESTOS

DADAISTA:

Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para nem contra e não explico por que odeio o bom-senso." Tristan Tzara

SURREALISTA:

“Se pelo surrealismo rejeitamos a idéia de que só são possíveis as coisas que ‘existem’, se declaramos por um caminho que ‘existe’, chega-se àquilo que ‘não existia’; se não temos medo de insurgir-nos contra a Lógica; se não juramos que um ato executado em sonho é menos importante que um executado em estado de vigília; se não estamos certos de que um dia já não existirá o ‘tempo’ (...): COMO querem que manifestemos qualquer forma de carinho ou tolerância em relação a algum aparelho de conservação social, seja ele qual for?”

FUTURISTA:

" Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta."

 

PARA POETAR:

Apollinaire esteve à frente das vanguardas do cubismo literário e do cubismo artístico. Introduziu algumas audacias formais, como a supressão da pontuação nos seus poemas e adoptou curiosas disposições tipográficas. É considerado o primeiro dos poetas modernos franceses, tendo as suas obras influenciado profundamente a poesia moderna.

VAMOS EXPERIMENTAR TAMBÉM?

Borboleta      eita
borbolha        bolha
bolero           lero
borboletas soltas ao vento
fragmento.

Asas em cores
Dores,
Amores,
sentimento
alegria, fantasia,
ia, vou, estou,
futurismo.
Cantaremos a multicor do golpe do vento em suas asas.

Fragmentadas.
Cor
vida
movimento,
metamorfose e humildade.
Humildade
liberdade
nas asas da borboleta.

Cristina Lombardi

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A pintura do PERÍODO PALEOLÍTICO SUPERIOR, (pedra antiga), também conhecida como Arte da Pedra Lascada,
a primeira manifestação artística do ser humano,
na visão dos historiadores
, era feita com substâncias minerais dissolvidas em água, gorduras animais e vegetais e aplicadas com as mãos e arremedos de pincel.

É da mesma época a escultura rudimentar, que não pretende ser um retrato realista, mas uma idealização da figura feminina.

A qualidade e criatividade que revelam são inegáveis e de extrema importância para a compreensão da História.
Depois de atravessar o MESOLÍTICO, transição entre o lascar e o polir a pedra, o homem, que aprendera a desenhar, pintar e esculpir, continua a sua arte.

A sua crença não é mais dominada pela magia - agora acredita na alma e estiliza a sua arte que no PERÍODO NEOLÍTICO é francamente abstratizante.
A ARTE EGÍPCIA, submissa a um governo teocrata, é sintética e também abstratizante.

O desenho obedece a
Lei da Frontalidade,
ou frontalismo:
O rosto, as pernas e os são representados de perfil enquanto que, simultaneamente, o tronco é visto de frente.
A ARTE GREGA, adquire acentuada expressão figurativa, numa concepção matemática da beleza da forma. Por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência para o idealismo traduzido na adoção de cânones ou regras fixas (análogas às leis da natureza) que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as produções artísticas

A cerâmica é uma das manifestações artísticas mais representativas desta arte.



Na fase HELENÍSTICA, a cultura grega se expande pelo Mundo Antigo. A regularidade harmoniosa e o equilíbrio sereno da fase clássica desaparecem, dando lugar a uma movimentação tumultuosa das formas, com um gosto acentuado pela dramaticidade.

Com o advento do Cristianismo nasce a simbólica
PRIMITIVA PINTURA CRISTÃ
,
que vem da obscuridade e do temor das catacumbas.


Enquanto o seu braço oriental a
ARTE BIZANTINA
expressa-se por majestosos mosaicos,
feitos de pequenos cubos de pedra, as teselas.

Acredita-se que a arte bizantina foi de fundamental importância para o início da Renascença Italiana, assimilada tanto pelo contato comercial com o país latino, como pelo espólio realizado pelas Cruzadas.
A ARTE ROMÂNICA foi a arte cristã do Ocidente europeu desenvolvida entre os séculos XI e XII. Ela marcou a ruptura com o período clássico da Era Greco-Romana e serviu como ponte para o estilo seguinte, quando então evoluiu para formas arquitetônicas ditas góticas ou ogivais.
O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais.

Na ARTE GÓTICA coloridíssimos
vitrais filtram a luminosidade para o interior das igrejas.

A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive num plano superior; tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas góticas.

A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os  séculos XII e XIV.


No final deste período, artistas considerados pré-renascentistas distinguem-se pela progressiva libertação do convencionalismo bizantino.


O NASCIMENTO DE VÊNUS, obra de Sandro Botticelli marca o
PRÉ-RENASCIMENTO
.

No RENASCIMENTO os pintores já se valem da Tinta a Óleo que permite uma pintura de modelatos como o Esfumatto de
Leonardo da Vinci, aumentando consideravelmente a naturalidade das forma anatômicas enquanto que os cenários e a natureza de uma forma geral, ainda que representados com grande rigor científico, sofrem alterações e acomodações feitas pelo artista que os pinta em seu atelier, agora com telas e cavaletes que ajudaram na difusão das correntes estéticas uma vez que permitiram uma circulação mais fácil das obras.
Interessada em popularizar a tradição e os ensinamentos cristãos, a Igreja Católica patrocinou artistas e artesãos, multiplicou a produção de ornamentos e imagens para a decoração dos templos, e irradiou essa tendência estética por diferentes lugares ao redor do mundo.

Intimamente ligado à Contra Reforma, o BARROCO procura comover o espectador. São usados violentos contrastes de sombra e luz para obtenção de intensos efeitos expressivos, dramáticos, grandiloqüentes.

Visto por muitos como a variação "profana" do barroco, o ROCOCÓ é o barroco levado ao exagero. Eminentemente francês o termo, corruptela da palavra rocaille - concha- que é usada como um dos seus mais característicos elementos decorativos, expressa uma vida ociosa e requintada, o espírito galante e fútil da nobreza européia no sec. XVIII.

Embora a noção de classicismo seja flutuante e variável, liga-se sempre, se não ao enunciado, ao menos à intuição de um númeno primordial, subjacente às aparências.

Durante o NEO-CLASSICISMO os preceitos de Ingres, que Degas recolheu, ensinam a distância da observação e o seu receio. Com ela, aprende-se uma exterioridade fácil, estéril e indesejada; é preciso vencer as seduções da aparência, para descobrir, no desenho, a regra que Degas enuncia assim: “não a forma, mas a maneira de ver a forma”.

Motivado pela fantasia e pela imaginação o artista tende a idealizar vários temas, tratando-os segundo sua ótica pessoal.

No ROMANTISMO os artistas participaram de lutas sociais, colocando-se como líderes da humanidade.

Logo em seguida o REALISMO representa uma reação ao subjetivismo do romantismo.

O artista do Realismo quer despertar o público para a realidade do mundo à sua volta e ser verdadeiro com o que observa.
Para os realistas, os acontecimentos vulgares, a vida cotidiana, as pessoas simples eram as questões mais interessantes.

A escultura realista não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são.


D
entre os escultores o que mais se destacou foi Auguste Rodin.

A intimidade e o convívio com a natureza nos arredores de Fontainebleau sinalizam a recusa do grupo pelo artificialismo da vida urbana. O grupo de paisagistas franceses reunidos na Escola de Barbizon, a partir de 1830, usava sistematicamente a observação direta da natureza como recurso para as cenas que produziam.

No PLENAIRISME a renovação estilística empreendida pelo impressionismo encontra suas matrizes nos trabalhos precursores de Turner e Constable, nos artistas da Escola de Barbizon e nas paisagens de Corot e Courbet, partidários de novas formas de registro da natureza.


Finalmente no IMPRESSIONISMO, a pintura é realizada plenamente ao ar livre, o que provoca uma alteração radical nas representações da natureza.

A suspensão dos contornos e dos claro-escuros em prol de pinceladas fragmentadas e justapostas, assim como o aproveitamento máximo da luminosidade tornar-se-iam as marcas do novo estilo pictórico.
O PONTILHISMO ou
NEO-IMPRESSINISMO
, como também é conhecido, originou-se da preocupação de alguns artistas de introduzir na arte Impressionista o rigor da Ciência, através de um estudo minucioso dos fenômenos óticos.

Se orienta a partir de um método preciso: trata-se de dividir as cores em seus componentes fundamentais. As inúmeras pinceladas regulares de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se sua unidade, longe das misturas feitas na paleta.

O SIMBOLISMO aparece aqui impregnado de uma tristeza pungente, transfigurando o mundo com uma nostalgia de sonho e mistério.

A força da sua pintura reside no poder evocativo das imagens. O seu fim é dar expressão visual ao que está oculto por meio da linha e da cor que, menos do que representar diretamente a realidade, exprimem idéias.

Marcadamente individualista e místico, foi com desdém apelidado de "decadentismo" - clara alusão à decadência dos valores estéticos então vigentes.

Considerada a 1ª Grande Revolução Artística do sec. XX, o FAUVISMO ou FOVISMO, inspirou-se no grupo
NABIS - "Os profetas" e levou a liberdade de cores até a completa transposição.

Ao contrário de outras vanguardas que povoam a cena européia entre fins do século XIX e a 1ª Guerra Mundial, o fauvismo não é uma escola com teorias, manifestos ou programa definido.

A simplificação de formas em padrões amplos e a pureza cromática determinaram o
"sintetismo" do período.


EXPRESSIONISMO FRANCÊS

Paralelamente, exprimindo mais uma tendência do que um período propriamente dito, pois extrapola ao seu tempo, o EXPRESSIONISMO acentua a violência espontânea em reação às pesquisas estéticas do Impressionismo, com duas vertentes, a francesa e a alemã.

A autonomia plástica, a deformação do estilo e o individualismo dos criadores é levado aos limites da loucura.
O Expressionismo na Alemanha tornou-se base para o entendimento do temperamento do homem nórdico.Tinha como características marcantes os ângulos acentuados, de contornos sombrios e as cores contrastantes - puras e ácidas - verdes, vermelhos, amarelos e negro. Expressava não o fato em sí, mas o sentimento do artista em relação a este, logo, uma visualidade subjetiva, mórbida e dramática.

EXPRESSIONISMO ALEMÃO

Entre os anos de 1907 e 1914 acontece então a verdadeira revolução estética tanto na pintura como na escultura e na literatura - O CUBISMO.

O CUBISMO CEZANNIANO ou cubismo pré-analítico foi a fase que iniciou o movimento do CUBISMO.Uma espécie de "preparação" para o movimento, onde surgem as primeiras idéias de geometrização da figura.

Baseava-se na obra de Cezanne, sobretudo no carácter analítico das formas e planos de cor, que influenciou a análise de paisagens e objetos.


0 CUBISMO ANALÍTICO apresenta uma decomposição de objetos simples, tais como guitarras, violinos, cabeças ,figuras, etc.

O artista trabalha uma combinação de fragmentos destes objetos, vistos de distintos pontos de vista - SIMULTANEISMO.

Na obra, domina a análise extrema, a exclusão de perspectivas e a adoção de um mundo monocromático.

Entre 1912-1913, as cores se acentuam e a ênfase dos experimentos é colocada sobre a recomposição dos objetos.

O CUBISMO SINTÉTICO tende a criar imagens que são verdadeiros sinais coloridos.

À austeridade sucede a alegria e a embriaguez do jogo.

O cubismo teve prolongamentos e retomadas por quase meio século.

Vários movimentos surgiram com base na nova estética, entre eles o ORFISMO, termo utilizado por Apollinaire querendo significar "jogos líricos".

O dinamismo das cores e o contraste simultâneo, praticados sistemáticamente por Delaunay e outros artistas jovens já indica a formação do Abstracionismo na Europa.

Afirmando a primazia da velocidade, o FUTURISMO surge buscando a sensação dinâmica como tal.

Violentamente polêmico, pretendendo abolir a arte do passado e pedindo a destruição dos museus exerceu forte influência, mais pela retórica do que pelas próprias obras.
A criação do Cabaré Voltaire, em Zurique, 1916, inaugura oficialmente o dadaísmo.

Ao contrário de outras correntes artísticas, o DADAISMO apresenta-se como um movimento de crítica cultural mais ampla, que interpela não somente as artes mas modelos culturais, passados e presentes.
A importância do mundo onírico, do irracional e do inconsciente, anunciada já no texto inaugural do SURREALISMO se relaciona diretamente ao uso livre que os artistas fazem da obra de Sigmund Freud (1856-1939) e da psicanálise, permitindo-lhes explorar nas artes o imaginário e os impulsos ocultos da mente.

Mobiliza diferentes modalidades artísticas: escultura, literatura, pintura, fotografia, artes gráficas e cinema.  

KITSCH - termo é utilizado para designar o mau gosto artístico e produções consideradas de qualidade inferior. A noção aparece no vocabulário dos artistas e colecionadores de arte em Munique, em torno de 1860 e 1870, forjada a partir de kitschen, "atravancar", e de verkitschen, "trapacear" (vender outra coisa no lugar do objeto combinado), o que denota imediatamente o sentido pejorativo que a acompanha desde o nascimento. A noção se populariza na década de 1930 com as formulações dos críticos Theodor Adorno (1903-1969), Hermann Broch (1886-1951) e Clement Greenberg (1909-1994), que definem o kitsch por oposição às pesquisas inovadora da arte de vanguarda.

O SUPREMATISMO está diretamente ligado ao seu criador, Malevich, e às pesquisas formais levadas a cabo pelas vanguardas russas do começo do século.
Rompe com a idéia de imitação da natureza, com as formas ilusionistas, com a luz e cor naturalistas e com qualquer referência ao mundo objetivo.

A arte de Malevich não se confunde com a defesa do espiritual na arte que faz Vassily Kandinsky, que o define como "expressão da vida interior do artista". Malevich, ao contrário, se detém na pesquisa metódica da estrutura da imagem, que coincide com a busca da "forma absoluta", da molécula pictórica.
Também o NEOPLASTICISMO defendia uma total limpeza espacial para a pintura, reduzindo-a a seus elementos mais puros e buscando suas características mais próprias.

Os experimentos realizados pelos artistas neoplásticos foram essenciais para a arquitetura moderna, assim como para a formulação do que hoje se conhece por design.

O termo liga-se diretamente às novas formulações plásticas de Piet Mondrian (1872-1944) e sua origem remete à revista De Stijl (O Estilo) criada pelos dois artistas holandeses em 1917, em cujo primeiro número Mondrian  publica A nova plástica na pintura.
Na condição de tendência constante da arte o CONSTRUTIVISMO está presente nas neovanguardas do pós II Guerra e anos 50: MovimentoSpaziale, Arte Concreta e Neoconcreta; nos anos 60, Arte Cinética e Op Art, Arte Minimalista e Arte e Novas Tecnologias.

A nova sociedade projetada no contexto revolucionário mobiliza os artistas em torno de uma arte nova, que se coloca a serviço da revolução e de produções concretas para a vida do povo. Afinal, a produção artística deveria ser funcional e informativa:
"união de formas puramente plásticas (pintura, escultura e arquitetura) para um propósito utilitário".
No TACHISMO o traço, a linha e a cor ainda guardam relação com o lirismo do Neoplasticismo.

Defendendo a improvisação e o gesto espontâneo e instintivo coloca-se como uma tentativa de ultrapassagem tanto dos conteúdos realistas, quanto dos formalismos geométricos.
No MATERISMO a ênfase da pesquisa recai preferencialmente sobre a matéria criando o que ficou conhecido também por TEXTUROLOGIA.
De forte apelo ao tato - utilizam em suas pinturas, materiais pouco convencionais como cordas, papel, pó de mármore, etc.

ACTION PAINTING - O Expressionismo Abstrato chega ao seu auge na pintura de ação de Jackson Pollock:
"Prefiro atacar a tela não esticada, na parede ou no chão... no chão fico mais à vontade. Me sinto mais próximo, mais uma parte da pintura, já que desse modo posso andar em volta dela, trabalhar dos quatro lados, e literalmente estar na pintura... Quando estou em minha pintura, não tenho consciência do que estou fazendo."

Descartada a noção de composição a obra é concebida como fruto de uma relação corporal do artista com a pintura, resultado do encontro entre o gesto do autor e o material.

Com uma linguagem figurativa inspirada em objetos do quotidiano, utilizando processos técnicos mecânicos ou semi-mecânicos como a fotografia, a cópia xerox ( xerografia) e a serigrafia, a POP ART ou novo realismo toma todo o seu vocabulário do realismo social contemporâneo, como um neo-dadaismo.

Embora inspirada na Arte Cinética, a OP ART desenvolve os seus estudos exclusivamente em representações de duas dimensões.

Investigou as possibilidades dos efeitos ópticos que davam sensação de movimento. Esses efeitos eram promovidos por determinadas combinações de cor e de intervalos entre as linhas.
Em 1964 a ABSTRAÇÃO PÓS PICTÓRICA nega enfáticamente o uso da figura.

A emotividade e o sentimentalismo também foram abolidos de suas obras. As pinceladas fortes e expressivas dos expressionistas abstratos também foram renegadas.
A arte contemporânea, vigente até os dias de hoje, engloba uma pluralidade de movimentos e linguagens, que convivem paralelamente, todos especialmente reflexivos. Além da diversidade de propostas, as linguagens são diferentes entre si e, por vezes, contraditórias, evidenciando o caráter individualista.

Antes, a arte moderna, que envolvia discussões coletivas, dialogava com o material plástico, interagia com ele - agora, a arte passa a dialogar com o pensamento plástico, a idéia da arte, tornando-se mais intelectualizada e hermética para o público.

Do espectador exige-se maior atenção e um olhar que pensa.
Ao artista cabe o pensar arte, inventar / reinventar arte, criticar arte.
A MINIMAL ART ou MINIMALISMO, extremamente reflexivo, fez uma recusa ao comercialismo. Os artistas passam a trabalhar com estruturas de grandes dimensões, fugindo da escala humana.

A intenção era de denunciar que aquele objeto, inserido naquele lugar, era uma idéia estética, não um fato estético.

As obras não valem por si próprias, mas apenas no contexto em que estiverem inseridas.


A FORMA é, mais do que em qualquer momento da história da arte, mais importante que o CONTEÚDO.
 

Hoje as INSTALAÇÕES abarcam todo tipo de técnica. Recorrem a pinturas, esculturas, objetos, música, poesia, materiais naturais como pedra e terra e até o teatro. Algumas instalações incorporam o ritmo da natureza, usando flores que murcham, por ex. vem daí outra de suas características: são efêmeras.

Contra a idéia de plano e projeto, assim como de uma tendência a pensar a história da arte como evolução linear, chegamos à TRANSVANGUARDA quebrando as hierarquias entre diferentes linguagens, entre "alta" e a "baixa" cultura, não conferindo privilégio a nenhum estilo e recuperando, inclusive, perspectivas descartadas.
As obras tendem à fragmentação e à combinação, algo eclética, de distintas referências.
 

A arte se renova a cada obra, para no futuro contar a HISTÓRIA!