www.defatima.com.br - fatelier@defatima.com.br - (65) 3627 6627

PAINEL DE ESTUDO DOS ALUN@S DO CURSO ONLINE DE HISTÓRIA DA ARTE - TURMA 02.2008-NOTURNO
tema - A ÁRVORE

LINHA DO TEMPO

“ARTE s.f.
Atividade que supõe a criação de sensações
ou de estados de espírito de caráter estético
carregados de vivência pessoal e profunda (...)
A capacidade criadora do artista
de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos.”
Novo dicionário da língua portuguesa.
de
Aurélio Buarque de Holanda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A pintura do PERÍODO PALEOLÍTICO, conhecido também com IDADE DA PEDRA LASCADA,
a primeira manifestação artística do ser humano, na visão dos historiadores, com datação bastante variada que vai de 2,7 milhões de anos até 10.000 a.C., era feita com substâncias minerais dissolvidas em água, gorduras animais e vegetais e aplicadas com as mãos e arremedos de pincel.
Depois de atravessar o MESOLÍTICO, transição entre o lascar e o polir a pedra, o homem, que aprendera a desenhar, pintar e esculpir, continua a sua arte.

No PERÍODO NEOLÍTICO, para sua sobrevivência, deixou de ser exclusivamente caçador e pescador, para tornar-se agricultor e criador.

A sua crença não é mais dominada pela magia - agora acredita na alma e estiliza a sua arte que é francamente abstratizante.
NaARTE EGÍPCIA, não importa a expressão artística: desenhistas, pintores, escultores, todos passaram anônimos pela História - salvo raras exceções - porque não assinavam suas obras.

O desenho obedece a
Lei da Frontalidade,
ou frontalismo:
O rosto, as pernas e os são representados de perfil enquanto que, simultaneamente, o tronco é visto de frente.

A ARTE GREGA, adquire acentuada expressão figurativa, numa concepção matemática da beleza da forma. Duas características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência para o idealismo.

A cerâmica é umadas manifestações artísticas mais representativas desta arte.É desta época o estilo das figuras negras e das figuras vermelhas.
Na fase HELENÍSTICA, a cultura grega se expande pelo Mundo Antigo.

A regularidade harmoniosa e o equilíbrio sereno da fase clássica desaparecem, dando lugar a uma movimentação tumultuosa das formas, com um gosto acentuado pela dramaticidade.
Com o advento do Cristianismo nasce a simbólica
PRIMITIVA PINTURA CRISTÃ
,
que vem da obscuridade e do temor das catacumbas.
Enquanto o seu braço oriental a
ARTE BIZANTINA
expressa-se por majestosos mosaicos,
feitos de pequenos cubos de pedra, as teselas.
Na ARTE GÓTICA coloridíssimos vitrais filtram a luminosidade para o interior das igrejas.

A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os  séculos XII e XIV.

No final deste período, artistas considerados pré-renascentistas distinguem-se pela progressiva libertação do convencionalismo bizantino.

No RENASCIMENTO os pintores já se valem da Tinta a Óleo que permite uma pintura de modelatos como o Esfumatto de
Leonardo da Vinci, aumentando consideravelmente a naturalidade das forma anatômicas enquanto que os cenários e a natureza de uma forma geral, ainda que representados com grande rigor científico, sofrem alterações e acomodações feitas pelo artista que os pinta em seu atelier, agora com telas e cavaletes que ajudaram na difusão das correntes estéticas uma vez que permitiram uma circulação mais fácil das obras.
Intimamente ligado à Contra Reforma, o BARROCO procura comover o espectador. São usados violentos contrastes de sombra e luz para obtenção de intensos efeitos expressivos, dramáticos, grandiloqüentes.

Literalmente, o ROCOCÓ é o barroco levado ao exagero. Eminentemente francês o termo, corruptela da palavra rocaille - concha- que é usada como um dos seus mais característicos elementos decorativos, expressa uma vida ociosa e requintada, o espírito galante e fútil da nobreza européia no sec. XVIII.

Visto por muitos como a variação "profana" do barroco, surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitectura de palácios civis, por exemplo.

A pintura de Goya,
O PAI DA ARTE MODERNA, caracteriza o período pré-romântico.
O novo século abre-se com as suas Majas, verdadeiros mitos de erotismo pictórico, cuja posteridade é bem conhecida.

No ROMANTISMO os artistas participaram de lutas sociais, colocando-se como líderes da humanidade.
Motivado pela fantasia e pela imaginação o artista tende a idealizar vários temas, tratando-os segundo sua ótica pessoal.

A dramatização da pintura pela composição em diagonal foi uma forte característica pictórica do período.

O REALISMO representa uma reação ao subjetivismo do romantismo. O artista do Realismo quer despertar o público para a realidade do mundo à sua volta e ser verdadeiro com o que observa.
Para os realistas, os acontecimentos vulgares, a vida cotidiana, as pessoas simples eram as questões mais interessantes.

No PLENAIRISME
a renovação estilística empreendida pelo impressionismo encontra suas matrizes nos trabalhos precursores de Turner e Constable, nos artistas da Escola de Barbizon e nas paisagens de Corot e Courbet, partidários de novas formas de registro da natureza.




Finalmente no IMPRESSIONISMO, a pintura é realizada plenamente ao ar livre, o que provoca uma alteração radical nas representações da natureza.A suspensão dos contornos e dos claro-escuros em prol de pinceladas fragmentadas e justapostas, assim como o aproveitamento máximo da luminosidade e o uso de cores complementares, tornar-se-iam as marcas do novo estilo pictórico.
O PONTILHISMO ou
NEO-IMPRESSINISMO
, como também é conhecido, originou-se da preocupação de alguns artistas de introduzir na arte Impressionista o rigor da Ciência, através de um estudo minucioso dos fenômenos óticos.

A LEI DOS CONTRASTES SIMULTÂNEOS ( Chevreul, 1839) formou a base para as pesquisas do grupo.


Considerada a 1ª Grande Revolução Artística do sec. XX, o FAUVISMO ou FOVISMO, inspirou-se no grupo
NABIS - "Os profetas" e levou a liberdade de cores até a completa transposição.

A simplificação de formas em padrões amplos e a pureza cromática determinaram o
"sintetismo" do período.

O " cloisonnisme" (alveolismo) fechava as figuras com um traço negro.
Marcadamente individualista e místico, o SIMBOLISMO foi com desdém apelidado de "decadentismo" - clara alusão à decadência dos valores estéticos então vigentes.

Impregnado de uma tristeza pungente, transfigurando o mundo com uma nostalgia de sonho e mistério volta -se à realidade subjetiva, às manifestações metafísicas e espirituais, abandonadas desde o Romantismo.

Buscavam a essência do ser humano, a alma; a oposição entre matéria e espírito, a purificação do espírito, a valorização do inconsciente e do subconsciente.


EXPRESSIONISMO FRANCÊS

EXPRESSIONISMO ALEMÃO

Paralelamente, exprimindo mais uma tendência do que um período propriamente dito, pois extrapola ao seu tempo, o EXPRESSIONISMO acentua a violência espontânea em reação às pesquisas estéticas do Impressionismo, com duas vertentes, a francesa e a alemã.

A autonomia plástica, a deformação do estilo e o individualismo dos criadores é levado aos limites da loucura.

Entre os anos de 1907 e 1914 acontece então uma revolução estética tanto na pintura como na escultura - O CUBISMO.

No CUBISMO ANALÍTICO domina a análise extrema, a exclusão de perspectivas e a adoção de um mundo monocromático.

Entre 1912-1913, as cores se acentuam e a ênfase dos experimentos é colocada sobre a recomposição dos objetos. O CUBISMO SINTÉTICO tende a criar imagens que são verdadeiros sinais coloridos.

À austeridade sucede a alegria e a embriaguez do jogo.

Vários movimentos surgiram com base na nova estética, entre eles o ORFISMO, termo utilizado por Apollinaire querendo significar "jogos líricos".

O dinamismo das cores e o contraste simultâneo, praticados sistemáticamente por Delaunay e outros artistas jovens já indica a formação do Abstracionismo na Europa.
Afirmando a primazia da velocidade, o FUTURISMO surge buscando a sensação dinâmica como tal.

Violentamente polêmico, pretendendo abolir a arte do passado e pedindo a destruição dos museus exerceu forte influência, mais pela retórica do que pelas próprias obras.
A criação do Cabaré Voltaire, em Zurique, 1916, inaugura oficialmente o dadaísmo. Ao contrário de outras correntes artísticas, o DADAISMO apresenta-se como um movimento de crítica cultural mais ampla, que interpela não somente as artes mas modelos culturais, passados e presentes. Trata-se de um movimento radical de contestação de valores que utilizou variados canais de expressão: revistas, manifestos, exposições, entre outros.

A importância do mundo onírico, do irracional e do inconsciente, anunciada já no texto inaugural do SURREALISMO se relaciona diretamente ao uso livre que os artistas fazem da obra de Sigmund Freud (1856-1939) e da psicanálise, permitindo-lhes explorar nas artes o imaginário e os impulsos ocultos da mente.
Mobiliza diferentes modalidades artísticas: escultura, literatura, pintura, fotografia, artes gráficas e cinema.
 
O SUPREMATISMO está diretamente ligado ao seu criador, Malevich, e às pesquisas formais levadas a cabo pelas vanguardas russas do começo do século.
Rompe com a idéia de imitação da natureza, com as formas ilusionistas, com a luz e cor naturalistas e com qualquer referência ao mundo objetivo.
O NEOPLASTICISMO defendia uma total limpeza espacial para a pintura, reduzindo-a a seus elementos mais puros e buscando suas características mais próprias.
Os experimentos realizados pelos artistas neoplásticos foram essenciais para a arquitetura moderna, assim como para a formulação do que hoje se conhece por design.
No TACHISMO o traço, a linha e a cor ainda guardam relação com o lirismo do Neoplasticismo.

Defendendo a improvisação e o gesto espontâneo e instintivo coloca-se como uma tentativa de ultrapassagem tanto dos conteúdos realistas, quanto dos formalismos geométricos.

No MATERISMO a ênfase da pesquisa recai preferencialmente sobre a matéria criando o que ficou conhecido também por TEXTUROLOGIA.

De forte apelo ao tato - utilizam em suas pinturas, materiais pouco convencionais como cordas, papel, pó de mármore, etc.

O Expressionismo Abstrato chega ao seu auge na pintura de ação de Jackson Pollock: ACTION PAINTING. Descartada a noção de composição a obra é concebida como fruto de uma relação corporal do artista com a pintura, resultado do encontro entre o gesto do autor e o material.

Com uma linguagem figurativa inspirada em objetos do quotidiano, utilizando processos técnicos mecânicos ou semi-mecânicos como a fotografia, a cópia xerox ( xerografia) e a serigrafia, a POP ART ou novo realismo toma todo o seu vocabulário do realismo social contemporâneo, como um neo-dadaismo.
Era a oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra.

Embora inspirada na Arte Cinética, a OP ART desenvolve os seus estudos exclusivamente em representações de duas dimensões.

O termo foi incorporado à história e à crítica de arte após a exposição The responsive eye
[O olhar compreensivo, MoMA/Nova York, 1965), para se referir ao movimento artístico que conhece seu auge entre 1965 e 1968 e que
investigou as possibilidades dos efeitos ópticos que davam sensação de movimento.

Esses efeitos eram promovidos por determinadas combinações de cor e de intervalos entre as linhas.

A arte contemporânea, vigente até os dias de hoje, engloba uma pluralidade de movimentos e linguagens, que convivem paralelamente, todos especialmente reflexivos. Além da diversidade de propostas, as linguagens são diferentes entre si e, por vezes, contraditórias, evidenciando o caráter individualista.

Antes, a arte moderna, que envolvia discussões coletivas, dialogava com o material plástico, interagia com ele - agora, a arte passa a dialogar com o pensamento plástico, a idéia da arte, tornando-se mais intelectualizada e hermética para o público.

Do espectador exige-se maior atenção e um olhar que pensa.
Ao artista cabe o pensar arte, inventar / reinventar
arte, criticar arte.
A MINIMAL ART ou MINIMALISMO, extremamente reflexivo, fez uma recusa ao comercialismo. Os artistas passam a trabalhar com estruturas de grandes dimensões, fugindo da escala humana.

A intenção era de denunciar que aquele objeto, inserido naquele lugar, era uma idéia estética, não um fato estético.

As obras não valem por si próprias, mas apenas no contexto em que estiverem inseridas.

A FORMA é, mais do que em qualquer momento da história da arte, mais importante que o CONTEÚDO.
 
Contra a idéia de plano e projeto, assim como de uma tendência a pensar a história da arte como evolução linear, a TRANSVANGUARDA quebra as hierarquias entre diferentes linguagens, entre "alta" e a "baixa" cultura, não conferindo privilégio a nenhum estilo e recuperando, inclusive, perspectivas descartadas.

As obras tendem à fragmentação e à combinação, algo eclética, de distintas referências.